JONAS QUARTA PARTE

JONAS

QUARTA PARTE.

Nos próximos dias Jonas enfrentou problemas com seu MSN não consegue entrar. Entro no seu ORKUT e vejo a frase no perfil que dizia que tinha voltado pra casa.
Fico feliz em ver seu status de online e então o digo a ele: * Que bom Jonas que agora está em sua casa. Porque não entra no seu MSN?
(Ele) * Não consigo mais, deve ser alguma configuração. Vou mandar também meu NOTEBOOK para um técnico.
Agora então estávamos falando pelo ORKUT.
(Eu) * E você como está?
(Ele) * Já estou em casa você sabe, continuo meu tratamento aqui.
(Eu) * Que ótimo!
(Ele) * Não esqueci vou escrever algumas coisas pra você. No taxi também tive problemas, tive até que sair da cidade.
(Eu) * É que tipo de problemas?
(Ele) * Fofocas de taxistas. Eu tinha um jeito meu de trabalhar era extremamente profissional. Era bem conceituado, o mais procurado do ponto. Carregava velhinhas para o bingo e elas confiavam em mim, se sentiam seguras, me elogiavam e sempre chamavam a mim. Carregava patricinhas para as baladas, sempre as respeitei sem nunca meter a mão com nenhuma delas, então elas me adoravam.
E tinha um traficante que eu sempre carregava, ele e seus amigos. E sempre o buscava no fim do seu ‘’expediente’’ e o levava pra casa. Ele me pagava direitinho, pra mim era um freguês como outro qualquer, e eu o respeitava como bom freguês e nunca o deixei na mão. Por isso ele pegou confiança em mim e só andava no meu taxi. Eu tinha bastante freguesia e por tudo isso começou a despertar a inveja dos outros taxistas do meu ponto.
(EU) * É sempre assim se você começa se destacar no trabalho.
(Ele) * É verdade! Só que um dia esse traficante foi preso. E deixou outra pessoa administrando seu “negócio”. Nesse meio tempo fiquei doente uma semana de cama e não podia trabalhar. Pedi então dinheiro emprestado a um colega taxista, e por estar doente me apertei e não pude pagar.
Foi quando, o filho deste taxista que tinha já inveja de mim, com raiva por eu estar devendo ao pai dele sem poder pagar. Aproveitando-se de minha ausência espalhou o boato que eu estava doente e pedindo dinheiro emprestado, porque estava nas drogas.
E foi mais longe, falou a esse administrador, esse que agora ele é quem fazia todas as corridas de taxi. E tinha total interesse de continuar fazendo, mesmo depois de minha volta ao trabalho, que eu estava devendo dinheiro até pra esse traficante.
Quando volto ao trabalho, esse administrador veio me cobrar no ponto, na frente de todos os meus colegas taxistas. Apenas disse a ele que eu não devia nada e que esse traficante sabia disso, e se ele achava que eu devia então pagaria ao traficante quando ele saísse da cadeia e não a ele.
Isso tudo foi parar no ouvido do meu patrão e acabei até perdendo o emprego e também já não tinha clima pra continuar ali no meio deles. Que já tinham inveja e aproveitara-se pra ficar fofocando pra todo mundo. E o administrador chegou a me cobrar até mesmo pela internet publicamente. Ele é o varre beco, aquele que mata por qualquer coisa, então resolvi dar um tempo e sai da cidade.
Fui trabalhar no estado do Paraná em uma empresa de turismo muito bem conceituada de lá, mas não me adaptei. Pois eu puxava Caxias a criciúma em Santa Catarina, e depois ia até São Paulo em Mogi das Cruzes. Ficava muito tempo na estrada e não tinha muito tempo pra viver. Então fui pra Camaquã trabalhei lá em outra empresa de ônibus. Tenho 11 anos de experiência como motorista de ônibus e foi quando não passei no teste psicotécnico de uma grande empresa que queria muito trabalhar e que então resolvi me tratar. Entrei em depressão e continuava trabalhando você já sabe.
(EU) * Sim! Mas se o traficante sabe que você não deve nada, não tem oque temer.
(Ele) * Sim, mais nunca se sabe oque aquele administrador com raiva por eu ter o enfrentado pode ter dito a ele? Afinal ele é homem de confiança do traficante. Só saberei mesmo quando ele sair da cadeia. Ai seja oque Deus quiser! Risos!
(Eu) * Mais ele sabe que foi um engano acho que não tem nada a temer, quando ele sair.
(Ele) * Não tenho mais medo, tem uma guria aí da sua cidade, que falo pelo telefone ás vezes, é amiga do traficante, pergunto por ele pra ela, quando vai sair essas coisas. Ela disse que ele falou que é mais fácil ele me dar um revolver engatilhado pra eu atirar nele do que ele fazer qualquer coisa contra mim. Mas sabe como é essa gente, fico sempre com o pé atrás, mais fico mais tranquilo também e estou pensando até em ir ai na sua cidade conhecer você. Posso?
(Eu) * Era exatamente isso que eu estava pensando!
(Ele) * Como assim. Não entendi?
(Eu) * É que pensava enquanto você falava. Que seria pra me dizer que nunca poderia vir aqui em minha casa por todos esses motivos, que você estava me contando tudo isso.
(Ele) * Não. Falei porque falo tudo a você, quero ser transparente e sincero. Não omitir nada a meu respeito.
(Eu) *Essa sinceridade e a confiança que deposita em mim é oque mais aprecio em você. E por isso que gosto de ouvir você, sua transparência é uma grande qualidade que nem todos possuem.
(ELE) * Sim, mais talvez por isso sofra mais e esteja tão solitário até hoje. Há homens que mentem ser aquilo que não são pra conquistar pessoas. Dizendo a elas somente aquilo que querem ouvir.
(EU) * É verdade, mais acho que ainda vale mais a pena ser sincero.

E ele então se despede .


CONFIRA O RESTANTE DA HISTÓRIA DE JONAS NO MEU PRÓXIMO BLOG!


OBRIGADO!

ANA MELLO